Geometria Veicular

É o conjunto de parâmetros geométricos que regem o posicionamento dos eixos e rodas de um veículo.

Aspectos fundamentais à preservação dos pneus, evitando a perda de quilometragem e que devem ser controlados:

  • ALINHAMENTO – Para alcançar um custo benefício satisfatório nos pneus, existem vários itens que devem ser considerados, e o alinhamento é um deles.

Recomenda-se antes de alinhar o veículo, conferir toda parte da suspensão: Mangas de eixos, ponteiras, buchas, folgas nos cubos etc. Um veículo desalinhado pode consumir até 7% a mais de combustível e provocar uma perda de quilometragem dos pneus de até 20%

Exemplo: Eixo traseiro desalinhado:

 

 

  • BALANCEAMENTO – São dois os desequilíbrios do conjunto pneumático (pneu + roda) que podem promover uma perda de rendimento de até 25% de quilometragem para os pneus, são eles:

Estático:  É o desequilíbrio que provoca uma vibração no plano vertical da roda, fazendo com que o pneu “pule”, e  se torna mais critico quanto maior for a velocidade.

Dinâmico: É o desequilíbrio formado por um par de forças agindo em cada um dos planos do pneu. Faz com que roda oscile lateralmente.

 

 

O alinhamento do eixo dianteiro pode ser divergente ou convergente

  • DIVERGÊNCIA – Quando as rodas do veículo estão abertas no sentido e marcha do veículo.
  • CONVERGÊNCIA – É a abertura ou fechamento da roda, que tende a ser igual a zero com o veículo em movimento, causando um desgaste por arraste, lixando a rodagem do pneu, do ombro para o centro com aparência escamada.

 

 

Além do alinhamento, outros três ângulos se fazem importantes na geometria da ponta de eixo, são eles:

  • CAMBER – Corresponde à inclinação da roda do veículo segundo a perpendicular com o solo, causando desgaste irregular nos pneus a partir dos ombros.

 

  • CASTER – É o ângulo formado pela vertical e a projeção do pino mestre, o ângulo de caster pode ser positivo, negativo ou neutro, sua função é de auxiliar o retorno das rodas à linha reta, após a esterçagem.

  • KPI – É o ângulo formado pela vertical e a projeção do pino mestre, sua função é de reduzir o ângulo de camber e de aproximar o centro da elipse de contato com a projeção do pino mestre no solo. Desvios na inclinação do pino mestre podem ser causados por problemas de embuchamento e afetam principalmente o camber.

  • PARALELISMO – Os eixos devem formar um ângulo de 90 graus com o eixo longitudinal do veículo. Na falta do paralelismo, independente do eixo, o problema aparecerá nos pneus do eixo dianteiro, com um dos pneus gastando um ombro interno e o outro ombro externo.

  • SUSPENSÃO E DIREÇÃO – Folgas nas barras curtas e longa pode provocar a soltura desses itens, tirantes e braços tensores com folgas, poderão provocar desgaste irregular nos pneus.

 

Outros itens importantes que devem ser verificados e acompanhados:

 

Indicador de desgaste da Banda de Rodagem (TWI) – É uma marcação através de um ressalto de borracha a 1,6 mm  acima do fundo da escultura do pneu. Marcação igual ou inferior a 1,6mm no TWI leva o pneu a falta de aderência e fadiga da carcaça. De acordo com o CONTRAN ( Conselho Nacional de Trânsito), pneus que estiverem rodando abaixo desse marcador estão sujeito a multa.

Aros e Rodas – Aros e rodas trincadas/quebradas, ovalizadas e ou oxidadas podem causar acidente operacional (montagem/desmontagem) gerando desbalanceamento, assentamento irregular do talão do pneu, desgaste irregular, aquecimento dos talões e trinca dos mesmos.

Rodo Calibradores – Equipamento que visa manter a pressão dos pneus. Recomenda-se aferição do conjunto a cada seis meses.

Emparelhamento – É fundamental a montagem de pneus em pares de mesma marca, medida, modelo e desenho, visando a distribuição correta do peso evitando assim que um pneu trabalhe mais sobrecarregado que o outro.

Ressulcagem – Deverá ser feita com muito critério para evitar danos à carcaça e consiste em aumentar a profundidade dos sulcos do pneu. O limite de profundidade dos sulcos devem estar em 2 e 3 mm.

Conservação da Câmara de Ar – Quando apresentam dobras e dilatações (excesso de uso) e de conserto, poderá levar a câmara de ar a cortes na dobra e consequentemente ao estouro e perda do pneu.

Protetor – Protetores ressecados ou rasgados podem causar cortes na câmara de ar e risco de perda do pneu.

Válvula (Bico) –  Amassado ou danificado causa perda de ar (fluido) do pneu.

Tampa de Válvula – A falta de proteção da válvula permite penetração de impurezas e perda de ar do pneu.