Na maioria das frotas de transportes, o item pneu é considerado o segundo custo operacional, portanto o mesmo deve ser tratado com maior atenção. Devemos considerar que ao aplicar os pneus em um determinado veículo, o investimento é altíssimo e o seu desempenho quilométrico sofre a influência de inúmeras variáveis.
O retorno desse investimento ocorre por meio de um trabalho técnico, que consiste na análise criteriosa dos dados, obtendo-se como resultado maior produtividade (diminuição de veículos parados), maior durabilidade (aumento da vida útil dos pneus) e consequentemente, custos menores. Desta forma, denominamos “gestão de pneus”, a prática de administrar, acompanhar e utilizar corretamente os pneus nos veículos, otimizando a vida útil dos mesmos.
Aplicação: Os pneus são projetados e construídos para oferecer o máximo de desempenho em cada situação de uso específico, portanto a escolha correta de um pneu, implica no desempenho e durabilidade do mesmo, seguindo os seguintes parâmetros: medida, desenho da banda de rodagem e capacidade de carga.
Pressão de inflação: É um fator importantíssimo para o desempenho e durabilidade do pneu. As pressões incorretas e cargas excessivas criam maiores solicitações na estrutura dos pneus, reduzindo sua duração.
Pressão baixa gera excessiva deflexão do pneu provocando:
- Desgaste acentuado nos ombros do pneu;
- Trincas circunferenciais na área do talão;
- Aumento no consumo de combustível;
- Superaquecimento do pneu;
- Aumento de resistência ao plano de rolamento.
Causas mais comuns que provocam pressão baixa:
- Ausência da tampa de válvula;
- Núcleo da válvula enferrujado/emperrado;
- Válvula mau posicionada/decentralizada;
- Câmara de ar dilatada;
- Protetor danificado ou mau posicionado;
- Roda trincada ou oxidada.
Calibre os pneus sempre frios e evite fazer “sangria” (retirada de ar do pneu ainda quente), pois o pneu em condições de trabalho associado a velocidade do veículo e flexão constante geram calor e consequentemente aumenta-se a pressão do mesmo. Ajuste a pressão dos pneus em relação à carga que o veículo está transportando.
Emparelhamento Adequado Prolonga a Quilometragem dos Pneus
Os pneus de caminhão, em rodados duplos, são emparelhados para receber a mesma proporção de carga. Rodas duplas desemparelhadas resultam na distribuição desigual de carga sobre os pneus, devido à variação de diâmetro. Como os pneus rodam à mesma velocidade, o resultado será um desgaste rápido ou irregular do desenho e excessiva tensão num dos pneus. A diferença de pressão entre os pneus, o abaulamento das estradas, rolamentos quebrados e eixos tortos, também impedem o correto emparelhamento das rodas duplas.
Eixos Duplos de Tração
O emparelhamento dos pneus em veículos com eixos duplos de tração deverá ser de tal forma que, a média de diâmetro dos pneus de um eixo, não seja superior a ¼ da pelegada dos pneus de outro eixo.